segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

American Horror Story: Asylum é uma das melhores coisas atualmente no ar

Ryan Murphy e Brad Falchuk acertam o tom na 2ª temporada da série do FX
Quando eu soube que a nova temporada de American Horror Story ganharia um reboot que incluiria até o retorno de alguns atores de seu irregular primeiro ano, reagi precocemente com um, “Ah, lá vem esse picareta do Ryan Murphy que não sabe desenvolver personagens com mais um golpe novo.” Dito isso, passados 6 episódios da 2ª temporada, posso dizer que nunca fiquei tão feliz porter me precipitado num julgamento porque a grande verdade do momento é que a série de horror que o autor de Nip/Tuck criou com seu parceiro de Glee, Brad Falchuk, não só está absolutamente irretocável nessa nova fase batizada de Asylum, como também merece o destaque por ser uma das melhores coisas em exibição na TV hoje para quem gosta (e até para quem não gosta) do gênero.
E o ponto que explica essa grande melhora de AHS na verdade é bem simples, já que ao passo em que o 1º ciclo da série apostava exclusivamente no sobrenatural e nos conflitos de uma família como base de sustentação de sua narrativa, esse novo de Asylum faz uma mescla mais ampla e bizarra de elementos variados (abduções, possessões, freiras sádicas, torturas físicas e psicológicas, segredos obscuros etc), mas que juntos funcionam de maneira eficiente em prol da história que se passa no hospital psiquiátrico Briarcliff. Afinal, é naquele local (administrado pela ‘santa’ Igreja), que um nazista foragido (papel do ótimo James Cromwell) encontra o refúgio perfeito para fazer experiências horrendas com alguns pacientes sob o olhar conivente de seu superior, o monsenhor feito por Joseph Fiennes; ou onde Jude (Jessica Lange), mulher com culpas do passado, tenta expurgá-las tornando-se uma freira com hábitos e métodos questionáveis no que tange ao tratamento dos pacientes do lugar. Aliás, por falar neles é curiosa como a miríade de tipos (uma ninfomaníaca, um suposto assassino serial, uma que matou a própria família e por aí vai) e a reação que cada um tem frente o ‘tratamento’ que recebem, ajuda a criar a ambientação psicologicamente assustadora que o asilo denota mesmo nos momentos de maior calmaria geralmente acompanhados pelo som contínuo da canção francesa, Dominique. Assim, quando a repórter Lana Winters (Sarah Paulson) vê sua vida virar de ponta cabeça ao questionar o funcionamento de Briarcliff e seus gestores, ela acaba descobrindo, com a ‘ajuda’ do terapeuta Oliver Thredson (Zachary Quinto), que o mal e suas origens tem disfarces muito mais complexos do que ela jamais pôde imaginar. Em resumo: se você ainda não acompanha American Horror Story, ignore a 1ª temporada, mas não deixe de conferir a atual. É um programão.

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