Depois de duas semanas de torradas sem manteiga e corridas nas manhãs geladas ao redor do parque, uma amiga minha voltou a se pesar e o ponteiro da balança parou no mesmo lugar que estava marcando antes.
Isto lhe pareceu típico de como tudo vinha lhe saindo mal ultimamente. Estava mesmo destinada a nunca ser feliz.
Ao vestir-se, fazendo caretas para entrar no jeans apertado descobriu vinte dólares no bolso. Depois, a irmã telefonou-lhe contando uma história divertida. Quando saiu apressada por ter ainda que pôr gasolina descobriu que sua companheira de quarto já enchera o tanque.
E essa era a pessoa que havia pensado que nunca seria feliz!
De uma maneira ou de outra, todos os dias chegam até nós conselhos mais ou menos simplistas sobre a felicidade, cuja técnica reside na necessidade de fazermos algo para sermos felizes, seja escolher as opções corretas ou contar com o que é certo para nós mesmos.
A juntar a isto há ainda a noção de que a felicidade é um estado permanente. A menor quebra na alegria sugere problemas.
Acontece é que a maior parte das pessoas não vivem num estado permanente de felicidade, mas em algo mais vulgar, uma mistura daquilo que o ensaísta Hugh Prather chamou de "problemas por resolver, vitórias incertas, com alguns momentos de paz verdadeira".
Talvez o dia de ontem não tenha sido feliz depois daquele desentendimento com o patrão. Mas houve ou não momentos de felicidade, de paz absoluta?
Se você pensar bem, não se lembra de ter recebido uma carta de um velho amigo, ou de terem lhe perguntado onde fez um corte de cabelo tão bom?
Embora o dia tenha tido bons momentos, você só se lembra do que ele teve de ruim.
A felicidade é como aquela visita, genial e exótica, que surge quando menos se espera, encomenda uma rodada de bebidas extravagantes e desaparece em seguida, deixando atrás de si um rastro de perfume de gardênia.
Ela nem sempre aparece quando se convoca, e só se pode apreciá-la quando se digna aparecer.
A felicidade não se força, mas pode-se viver em pleno quando ela surge.
Ao regressar a casa absorvido com seus problemas, tente reparar no crepúsculo que incendeia as vidraças da cidade. Escute os gritinhos das crianças que brincam ao entardecer e sentir-se-á revigorado, só por ter ouvido com atenção.
A felicidade é uma atitude. É limpar as persianas ao som de uma canção; passar uma hora agradável arrumando o armário.
A felicidade é a família reunida para o jantar. É o presente, não a promessa distante de "um dia, quando..." como somos mais afortunados e como nos sentirmos mais felizes se nos apaixonarmos pela vida que temos!
A felicidade é uma opção. Agarre-a quando ela surge, como um balão fugindo em direção ao mar azul brilhante.
(Adair Lara)

Felicidade ???
Tem dias que a gente sente como se nunca tivéssemos sido felizes de verdade...
Ou então, que já fomos muito felizes e deixamos de ser em algum momento...
Nos pegamos a perguntar quando foi que deixamos ela, a felicidade, escapar por entre os nossos dedos...
Em outro dia a gente já levanta em exctasi, de tanta felicidade que sentimos... ás vezes eu acho que a felicidade é algo muito simples mesmo, o que me faz pensar assim?
Basta eu parar e refletir comigo mesma, sobre a minha própria vida...
Tem dias que fico eufórica só por receber um amigo em minha casa e saber que vou poder com ele, conversar, sorrir, lembrar coisas que há muito ficaram esquecidas (coisas alegres).
Fico alegre por ir ao shoping e comprar uma roupa nova, um vídeo game novo (porque sou como criança... rsrs), fico alegre por comer pipoca no cinema vendo um desenho e até mesmo um filme de terror, me lambuzar em um sorvete maior do que cabe na minha barriga... rsrs
Fico alegre brincando de bola com a criançada da vizinhança (apesar de não ter mais o mesmo pic que elas).
Me alegro quando vou pro campo e vejo um bezerro novo, um carneirinho lindo e branquinho, um potrinho.
Nossa, tem tantas e tantas coisas pequenas e simples pra certas pessoas mais que me deixam tão alegre.
E o que será que me deixa triste?
Por que é claro que eu também sinto tristeza e ás vezes penso que minha vida é um inferno e não vou ser feliz nunca.
Fico chateada quando não fazem a minha vontade (mesmo sabendo que não sou ninguém e que não posso exigir nada dos outros), fico chateada quando sinto que não sou amada como eu "acho" que deveria ser...
Fico chateada por minha vida não ser como eu gostaria que ela fosse... chateada por ver um amigo triste e não saber como ajudá-lo...
Fico triste com as injustiças, e sei que ás vezes eu também sou injusta... tem tantas coisas que também me deixam triste, coisas simples e pequenas também pra muitas pessoas.
Então pra mim a felicidade é uma coisa simples, depende de coisas simples, eu a vejo assim, se estou fazendo coisas que me deixam alegre eu sou feliz, se estou triste acabo me perguntando porque não sou feliz, cadê minha felicidade?
A gente complica muito as coisas, ou será que as coisas são mesmo complicadas?
Creio que tudo muda dependendo de como vemos as coisas... o que poderia me deixar triste ontem, amanhã poderá até me fazer feliz.
Vai entender...
Muitas vezes eu não entendo, muitas vezes eu não me entendo, mais a vida é assim, e assim eu vou aprendendo com ela cada dia um pouquinho mais, estando eu alegre ou triste.
E agora?
Perdi até o rumo da nota... o que é mesmo a felicidade?
Boa noite...
E uma bonita terça á todos...
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